A ideia é que, além da formação de servidores, a I Capacitação para Comissões de Heteroidentificação de Pretos e Pardos que ocorrerá de 30 de outubro a 01 de novembro, dialogue com as demais instituições que também adotam o sistema de cotas, e produzam um relatório resultante do debate sobre a possibilidade de se adotar critérios comuns para as comissões de heteroidentificação das Instituições Públicas de Ensino Superior - IFMT, UFMT e Unemat.
A capacitação é uma realização do Instituto Federal de Mato Grosso, organizada pela Diretoria de Política de Ingresso (DPI) com apoio do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, Indígenas e de Fronteira, Maria Dimpina (NEABI/NUMDI).
Os organizadores estruturaram o curso para que contemplasse três perspectivas:
- Momento: etapa de sensibilização e construção histórica das noções de racismo, raça e discriminação. O primeiro dia contará com atividades teóricas e lúdicas e, ao final, culminará num trabalho reflexivo sobre a visão da questão racial e pertencimento no Brasil.
- Momento: Dia de estudos e debates, tendo como convidados para este dia, os organizadores do livro Heteroidentificação e cotas raciais: dúvidas, procedimentos e metodologia.
- Momento: No último dia, IFMT/NUMDI, UNEMAT/NEGRA e UFMT/NEPRE relatarão suas experiências com as comissões de heteroidentificação.
Ao final do evento, será produzido um Relatório que deverá debater sobre a possibilidade de se adotar critérios comuns/objetivos para as comissões de heteroidentificação.
Serão ao todo 50 participantes. Destes, 4 são da UNEMAT; 04 da UFMT; 01 da Secretaria Municipal de Educação e 01 da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial.
Segundo a membra da Coordenação Colegiada do Numdi, Maristela Guimarães, o IFMT cumpre seu papel institucional e constitucional de garantir o acesso e permanência de servidores e estudantes cotistas negros e negras quando procura capacitar os servidores para atuar nas comissões de heteroidentificação.
“Capacitar o servidor é também um mecanismo importante para oferecer um serviço público com eficácia, promovendo o controle e prevenindo os riscos de ilícitos e cumpre ainda o papel institucional de uma instituição pública de ensino, que é de oportunizar o ingresso de servidores e estudantes negros e negras por meio de política pública de cotas”, destaca Maristela Guimarães.
Veja a programação da I Capacitação para Comissões de Heteroidentificação de Pretos e Pardos